O romance folhetinesco e seus desdobramentos (ou: de Viuvinha a Carminha)

Olá, alunos.

Ao longo dessa semana, eu pedi que vocês lesse a novela “A viuvinha”, de José de Alencar. Para alicerçar nossa discussão sobre esse texto, é importante que a gente entenda qual era o papel de narrativas como essa e muitas outras que surgem nesse período é bastante importante para o desenvolvimento de vários outros tipos de narrativas que foram e são populares no Brasil, como as radionovelas, as fotonovelas e as telenovelas. 

Para isso, separei um tartigo curto e simples que conta a história do folhetim e de seus desdobramentos, escrito pela professora Maria Imaculada Cavalcante, da UFG. 

Peço que vocês leiam o texto e produzam pelo menos duas questões sobre o texto para a próxima aula na quinta-feira! 

Boa leitura!

26 comentários sobre “O romance folhetinesco e seus desdobramentos (ou: de Viuvinha a Carminha)

  1. Olá Professora Thais !

    Vamos as questões :

    O texto nos mostra que o romance folhetinesco está ligado com a literatura de massa, esse fato se deu por profundas mudanças ocorridas na sociedade européia, surgia então uma sociedade móvel, aberta à mudanças, transformando tudo em mercadoria, inclusive literatura. Trazendo este raciocínio de mudança do óbvio, e levando para o conceito das novelas e telenovelas no Brasil é correto dizer que a novela brasileira foge do convencional? Elas seguem a risca essa idéia de uma sociedade moderna? Levanto esta questão pois há de ressaltar que as novelas brasileiras muitas vezes retratam fatos condenados pela sociedade, dê o seu ponto de vista …

    Thais, qual foi a posição da igreja com o surgimento do romance folhetinesco? Tendo em vista que o mesmo buscava retratar ideias de uma sociedade moderna, e a igreja por sua essência sempre procurou manter o tradicionalismo social, houve algum conflito entre igreja e este tipo de romance ?

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  2. Durante o texto, a autora comenta que Bosi considera o romance do século XIX como um hábito burguês, pois eram eles um público ávido pela literatura deste gênero. Porém, na década de 70, quando a televisão se popularizou, a maior parte das classes sociais tiveram acesso às telenovelas. Isso, de alguma forma, tirou um pouco do “glamour” dos romances, aos olhos das classes mais altas?

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  3. Durante a ditadura militar no Brasil, estes romances folhetinesco também foram censurados e manipulados de algum forma, para benefício do Estado, ou eram imparciais?

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  4. Na página 63, temos o seguinte trecho “[…] Daí a necessidade que sentiam os escritores da primeira metade do século XIX em retratar essa nova forma de pensar a arte. O desafio colocado para eles era a representação do todo social e seu processo de mudança. Cabia à literatura criar uma nova imagem do mundo social que se adequasse às novas demandas da produção e circulação de mercadoria.” Quais eram as novas demandas da produção? Que tipo de nova imagem do mundo social era essa?

    Quais são as características dos romances folhetinescos?

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  5. Boa noite prof!

    Pode se dizer que o folhetim foi a ideia inicial para as novelas? Nas novelas atuais ainda está presente essas características das narrativas dos folhetins ou acabaram se perdendo ?

    Os folhetis estimularam de certa maneira na população um senso crítico sobre os problemas da época?

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  6. 1) Já que há uma diferença entre folhetinista e escritor, quais são os atuais e renomados “escritores” que na verdade deveriam ser considerados “folhetinistas”?

    2) Todo folhetim precisa essencialmente conter algo de cunho jornalístico? Os atuais best-sellers, de certa forma, abrangem essa característica de ter algo relacionado à noticiário da vida dos leitores?

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  7. No texto, a escritora fala sobre os best-sellers atenderem um público de um maior grau de escolaridade ou melhor poder aquisitivo, então você acredita que isso continua? Acha que as novelas atuais e os próprios best-sellers, continuam atendendo só um pequeno público que possui um capital financeiro maior?

    Você acha certo essa romanização que existia nas novelas e que continuam existindo? Acredita que isso seja o real motivo para prender as pessoas nas leituras ou na frente da televisão?

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  8. 1- Na página 4 o autor descreve os folhetins ocorrido aqui no Brasil no século XIX, produção literária printadas nos jornais semanalmente. Porém, no mesmo século, Don João VI decretou a criação da Imprensa Régia, revogando uma ordem de 1706 que proibia a impressão de panfletos, jornais, revistas, livros, papéis avulsos, enfim, qualquer tipo de edição no Brasil. Como com essa proibição ainda foi possível as postagens dos folhetgins?

    2- Os folhetins e best sellers eram comuns também na Europa? De onde vieram esse tipo de produção literária muito utilizado aqui no Brasil?

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  9. Pode- se dizer que o folhetim foi uma influência importante para as mulheres, tanto no caráter didático como nas formações das ideologias?

    Podemos afirmar que para a história ser considerada um folhetim, deve cumprir com certas estratégias de leitura necessárias para o marketing do texto literário? (Como exemplo, os ganchos especialmente voltados para prender a atenção do leitor).

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  10. Boa Noite, Profa. Thais !

    1- Como o folhetim ajudou na divulgação da literatura romântica?
    2- No texto, a autora diz que os folhetins na França eram voltados para os “consumidores dos centros urbanos” Isso também ocorria no Brasil? Ou era só os burgueses que tinha o acesso?

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  11. 1- Por que Dom Joao VI proibiu a impressão dos jornais, panfletos, revistas, etc.?
    2- Pode – se se dizer que as novelas de hoje em dia perdeu as características narrativas como os folhetins de antigamente?

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  12. Existe um paralelo entre a “simplicidade” da abordagem de temas cotidianos dos roteiros de telenovelas dos anos 70 e a abordagem do audiovisual nacional atual?
    Qual é o momento, na sua opinião, em que a diversidade em relação às personagens, profundidade e variedade de temas alcançou as obras audiovisuais nacionais?

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  13. Boa noite, prof!

    1) Na página 69, a autora fala como os best-sellers seguem um padrão elaborado e atendem a um público específico. Nos dias atuais, seria possível afirmar que os best-sellers continuam seguindo esse padrão de atendimento ao público ou já se tornaram mais populares e acessíveis?

    2) Na página 71, vimos que as obras literárias mesmo não sendo de massa, quando adaptadas à TV fazem grande sucesso. Você poderia citar exemplos de grandes obras da literatura que não são de massa e que ganharam destaque popular após serem adaptadas na televisão?

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  14. É correto afirmar que o surgimento do folhetim dos jornais, cuja era um preço acessível, criou esse esteriótipo de que o folhetim/novela é algo de pessoas mais pobres, ditas “sem cultura”, mesmo que por meio dessas publicações, tenha surgido grandes clássicos da literatura?

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  15. 1-O folhetim assim como qualquer meio de interação ao público,tem como objetivo levar a tendências de uma época/período demostrando fatos sócias da época assim como alerta,mas também linha de conduta para população. Podemos dizer que desenvoltura dos folhetins daquela época tem o mesmo impacto como hoje? E se conduta de alienação ( a criação de esteriótipos/objetivo de vida) para brasileiro serve como anestesia para realidade?
    2-Logo podemos afirma que nem toda novela é totalmente um folhetim-folhetinesco, embora todas
    utilizem recursos da narrativa folhetim?

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  16. O folhetim assim como qualquer meio de interação ao público,tem como objetivo levar a tendências de uma época/período demostrando fatos sócias da época assim como alerta,mas também linha de conduta para população. Podemos dizer que desenvoltura dos folhetins daquela época tem o mesmo impacto como hoje? E se conduta de alienação ( a criação de esteriótipos/objetivo de vida) para brasileiro serve como anestesia para realidade?
    Logo podemos afirma que nem toda novela é totalmente um folhetim-folhetinesco, embora todas
    utilizem recursos da narrativa folhetim?

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  17. Oi Prof 🙂
    Não é uma pergunta mas queria deixar registrado aqui meu parecer…
    Depois de ler o texto e alguns romances do Alencar, eu percebi que com esse conhecimento sobre os folhetins e sua relação com as telenovelas eu vou conseguir alcançar melhor meus alunos dentro da literatura. Abrindo esse leque pra eles, de que os livros são “como uma novela” talvez eles se interessem mais pela leitura das obras literárias, conhecimento que eu não tinha antes e por isso não poderia fazer essa relação. Eu tive uma experiencia recentemente com a novela “As aventuras de Poliana” que retrara bem esse meu comentário. Algum tempo atrás eu já tinha ouvido falar do livro, que é um clássico da literatura infanto-juvenil em muitos lugares, mas nunca tinha me interessado realmente em ler. Quando comecei a acompanhar a novela (eu sempre tento assistir as novelas mais voltadas para o publico infantil, pra poder interagir com meus alunos nos assuntos diversos da vida hahaha) eu gostei tanto da personagem principal que fiz questão de conhecê-la em sua essência, originalmente né, a Pollyanna dos livros.. e foi uma experiência maravilhosa, muitos dos meus alunos que acompanhavam a novela adquiriram os livros e se envolveram com a literatura a partir do meu incentivo, foi muito legal.

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  18. O romance em folhetim surgiu na França por conta da revolução burguesa industrial, que criou uma sociedade móvel, transformando a arte em objeto de compra e venda. O jornal era o veículo utilizado para contar essas histórias, vendidos com um preço baixo e em grande tiragem, atingindo o público urbano, sendo chamado assim ‘literatura de massa’ já que era mais ligada ao consumo da obra do à uma escola literária. No Brasil, o gosto pelo romance veio antes mesmo de haver uma produção nacional, porém, com a mudança da família real para o Brasil, foi necessária um incremento da produção nacional para suprir as necessidades artísticas da realeza. Surgindo assim os principais jornais (Gazeta do Rio de Janeiro e Correio Brasiliense) foi criado uma rápida condição de desenvolvimento da literatura romântica, criando um clima propício para a criação de uma nova identidade literária, rompendo dos moldes de Portugal. O novo leitor do folhetim queria algo que pudesse relacionar com o seu cotidiano e reconhecer-se na história, porém, a busca para atender o gosto do leitor popular fez com que essas obras tivessem um empobrecimento estético. As temáticas dos folhetins romanescos eram: o: amor, sexo, aventura, mistério, morte. Com o tempo, essas obras serviram de inspiração para as foto novelas e até mesmo para as novelas atuais.

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  19. O romance em folhetim surgiu na França por conta da revolução burguesa industrial, que criou uma sociedade móvel, transformando a arte em objeto de compra e venda. O jornal era o veículo utilizado para contar essas histórias, vendidos com um preço baixo e em grande tiragem, atingindo o público urbano, sendo chamado assim ‘literatura de massa’ já que era mais ligada ao consumo da obra do à uma escola literária. No Brasil, o gosto pelo romance veio antes mesmo de haver uma produção nacional, porém, com a mudança da família real para o Brasil, foi necessária um incremento da produção nacional para suprir as necessidades artísticas da realeza. Surgindo assim os principais jornais (Gazeta do Rio de Janeiro e Correio Brasiliense) foi criado uma rápida condição de desenvolvimento da literatura romântica, criando um clima propício para a criação de uma nova identidade literária, rompendo dos moldes de Portugal. O novo leitor do folhetim queria algo que pudesse relacionar com o seu cotidiano e reconhecer-se na história, porém, a busca para atender o gosto do leitor popular fez com que essas obras tivessem um empobrecimento estético. As temáticas dos folhetins romanescos eram: o: amor, sexo, aventura, mistério, morte. Com o tempo, essas obras serviram de inspiração para as foto novelas e até mesmo para as novelas atuais.

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  20. O romance folhetinesco surgiu na França, no século XIX, devido às mudanças que ocorreram na sociedade europeia, que a partir da revolução burguesa, criou-se uma sociedade móvel, onde tudo era transformado em mercadorias. Com isso, os escritores da primeira metade do século XIX, sentiram-se obrigados a procurar uma maneira de retratar essa nova maneira de enxergar a arte, demandando que a literatura deveria se tornar um produto agradável ao público consumidor.
    O folhetim é, desde seu início, um romance publicado no rodapé dos jornais, vendidos a preços baixos; e a partir de sua criação, surgiram diferentes abordagens críticas da produção literária, como a literatura culta e a literatura de massa. Os leitores brasileiros do século XIX tomaram gosto pela leitura de romances antes do surgimento de uma produção nacional e Bosi afirma que o público brasileiro era mais restrito que o atual, pois era um público à procura de entretenimento, composto por pessoas de classe alta, porém, com a vinda da família Real para o Brasil, os folhetins circulavam clandestinamente, até a transferência da família para o Rio de Janeiro, que contribuiu para o desenvolvimento cultural do país, que proporcionou a criação dos dois primeiros jornais do país: Gazeta do Rio de Janeiro e o Correio Brasiliense; um evento marcante, pois foi um pontapé para que escritores começassem a desenvolver uma literatura nova que não seguisse o modelo europeu.
    Os leitores brasileiros restritos, descrito por Bosi, procuravam em sua leitura, uma ligação com seu cotidiano, tópicos populares como o amor, a intriga, conteúdos melodramáticos, e então passaram a encontrar essas características, mais tarde, nas famosas telenovelas, que foram um sucesso na época e continuam até os dias de hoje.

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  21. O contexto histórico no qual o romance folhetinesco foi criado era extremamente propício ao seu crescimento, as revoltas na França traziam consigo um apelo para a arte literária. Com o desenvolvimento das produções em larga escala para venda e consumo pelas massas, tais histórias com circunstâncias realistas porém dramáticas fascinavam o público, e com as técnicas romanescas o modelo de literatura folhetinesca atraía e mantinha multidões entretidas. No Brasil escritores do Romantismo, com seus ideais nacionalistas mostravam em suas obras os aspectos do país e da época, inicialmente apenas quem buscava tal entretenimento eram jovens de classe alta, no entanto, logo o seu público mudou por conta da publicação das tramas em jornais, e os novos leitores buscavam por algo do seu cotidiano, isso os fazia sentir representados. As formas de disseminar as histórias de romance se tornaram variadas, do jornal para o rádio, telas de cinema, televisão, entre outros, mas sempre preservando os fatores que mais intrigavam seu público e os passavam sentimentos a cada acontecimento ou mistério, criando certa ansiedade e prazer, agradando as massas que se enxergavam e se espelhavam nas obras que seguiam muito bem o gosto popular.

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  22. O folhetim surgiu na França no início do século XIX, com o tempo surgiu o romance folhetinesco que, segundo Bosi o romance foi o principal gênero da época ,ocupou-se uma parte nos jornais com longas histórias de ficção, o jornal era o único vínculo de produção literária e acaba-se sendo ligado a literatura de massa que é caracterizada a uma relação de consumo. O desenvolvimento da nossa literatura ocorreu com a vinda da família real, a impressão de panfletos e qualquer tipo de edição é proibida , é divulgado novas ideias vindas do movimento romântico europeu, assim, dando mais espaço para escritores na imprensa. Houve um processo de transformação do folhetim a radionovelas e por fim chegando às telenovelas brasileiras.

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  23. O folhetim surgiu na França no início do século XIX, com o tempo surgiu o romance folhetinesco que, segundo Bosi o romance foi o principal gênero da época ,ocupou-se uma parte nos jornais com longas histórias de ficção, o jornal era o único vínculo de produção literária e acaba-se sendo ligado a literatura de massa que é caracterizada a uma relação de consumo. O desenvolvimento da nossa literatura ocorreu com a vinda da família real, a impressão de panfletos e qualquer tipo de edição é proibida , é divulgado novas ideias vindas do movimento romântico europeu, assim, dando mais espaço para escritores na imprensa. Houve um processo de transformação do folhetim a radionovelas e por fim chegando às telenovelas brasileira.

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  24. O pano de fundo histórico da criação deste livreto promoveu muito o desenvolvimento do romance. Com o desenvolvimento da venda em massa e do consumo de obras populares, essa história realista e dramática fascina o público, enquanto as histórias românticas o tornam O modelo se torna realidade. A literatura em panfletos atraiu um grande público e manteve o entreterimento.Com isso esse tipo de texto cresceu muito.

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  25. Júlia Maria Cardoso de Campos Santos. – RA: 100 25 43 9

    O romance folhetinesco surge dentro do movimento romântico, com a característica de ser um produto voltado para o mercado consumidor, com o objetivo de passar para os leitores aquilo que já era visto nas revistas e jornais.
    Bosi afirma que o público brasileiro de tal época, século XIX, era mais restrito do que o atual, ou seja, somente buscava o entretenimento sem um olhar crítico/reflexivo do que era passado. Nesta linha folhetinesca, inicialmente, destacam-se Joaquim Manuel de Macedo, Bernardo Guimarães e José de Alencar, tendo como um dos principais romances folhetinescos, Joaquim com A moreninha.
    Segundo a autora, tais folhetins tinham as principais características: caráter informativo, passar comoção ao leitor, personagens com romances/namoros difíceis e/ou impossíveis, mistério da personagem principal e conflito entre o dever e a paixão.
    Com o avanço das tecnologias, em 1940 os folhetins dão lugar às novelas de rádio e, em 1960, as televisões tomam o lugar, deixando as radionovelas em decadência. A televisão, de certa forma, fascina com inúmeros efeitos visuais e dá rostos para tantos personagens, além de conseguir condensar de forma mais clara tantas narrativas e detalhes que compõe o todo.

    Júlia Maria Cardoso de Campos Santos. – RA: 100 25 43 9

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  26. Tendo sua origem na França, no século XX, o romance folhetinesco era uma espécie de jornal de circulação urbana, voltado para a compra e venda dos consumidores, uma vez que a revolução Francesa transformou a arte em produto na nova sociedade móvel. Se tornou assim, um item de consumo em massa, uma vez que atingiu o senso comum que se interessava pela obra e não pela escola literária em si. Além do fato de que o público buscava uma forma instantânea de entretenimento que não trouxesse quaisquer reflexões profundas. Essa sociedade buscava também se saciar da representatividade cotidiana trazida pelos romances folhetinescos e nesse contexto, além de trazer entretenimento, o folhetim também era de caráter informativo. Porém, com a chegada da tecnologia, o folhetim perde seu espaço para a globalização das novelas de rádio, que são por sua vez, substituídas pelas novelas televisivas.

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